quinta-feira, julho 16, 2015

MEU INVERNO ASTRAL


Minha mãe conta que nasci no dia mais frio da nossa existência. Era inverno, 18 de julho de 1975. Pesquisando na internet encontrei algumas referências à geada negra, que caiu naquele dia e que assolou parte do Brasil, de Minas Gerais aos estados do Sul, passando, é claro, pela minha cidade natal, Jardim (MS).
Foi neste frio intenso que nasci. Gorda, pesava 5kg, cheia de vida. De lá até hoje são quase 40 invernos. Uns mais rigorosos, outros menos, sob todos os aspectos.

Em se tratando de frio, quando comemorei meus quinze anos a temperatura estava muito baixa. Meu vestido era lindo, mas curto e sem ombros, ou seja, nem um pouquinho apropriado para o inverno. Mas claro que não abri mão de passar a noite toda linda e lépida no meu vestido de verão. Resultado: peguei uma baita pneumonia, que me deixou de cama vários dias, mas acreditem, valeu a pena.

Em se tratando de idade, durante alguns anos comemorei a mesma, foram quatro anos fazendo 26, e todo mundo acreditava. Até que cheguei aos 30 e passei a contar normalmente. O detalhe é que ninguém percebeu.

Eu sempre gostei de comemorar meu aniversário, não necessariamente de fazer festa, mas de comemorar, celebrar com os amigos, ser cumprimentada, parabenizada e não obrigo ninguém a lembrar de mim, eu mesma aviso, que é pra não constranger “ozamigos” com o esquecimento de uma data tão importante.

Agora, às vésperas de completar os 40, sinto aquela emoçãozinha, pois como bem lembrou um colega, depois que você entra nos entas, pra sair é só se tornando um centenário.

É por isto que digo estou em pleno inverno astral, na obviedade do trocadilho, porque não considero a troca de idade algo ruim, ao contrário, acho que é mais uma oportunidade que a vida nos dá, é mais uma chance que temos em nossa caminhada, é um sinal de que até aqui vivemos e por mais que tenhamos problemas, conseguimos superar mais um ano.


Portanto já sabe, frio ou não, dia 18 você tem um compromisso comigo, o de me parabenizar pelo meu 40º inverno, ah... e de me desejar muitos outros invernos astrais.

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