terça-feira, maio 03, 2011

Meu egoísmo


Deixei de lado as ilusões e voei o mais alto que pude.

Não consegui alcançar, mas descobri um novo mundo.

Voltei fortalecida, querendo dançar, beber, ser eu mesma.

Agora o sentimento está solto, liberto, pronto para o próximo.

O corpo não corresponde, mas a alma clama.

E eu quero mais, muito mais.


A liberdade tem seu preço.

Já fiz meu pagamento.

Agora espero o troco, o embrulho e vou embora.

Não é como uma música, mas tem seu ritmo.

Uma melodia sem acordes, que silencia meu ego.


Nada como o próximo gole. Melhor seria não mais voltar.

Nada como a próxima viagem. Melhor seria continuar eternamente.


Estou mais distante que nunca. Chego a agradecer.

Não tenho culpa, deixei tudo para trás.

É uma pena. Minha emoção cessou.

Ser egoísta às vezes é bom. Quase sempre. Estou feliz.

Poema da infelicidade


Sinto falta de alguém que se perdeu nas angústias.

De uma saudade que senti nem lembro quando.

De uma vida que me persegue nos sonhos.

Sinto falta de quando era velha e clamava pela juventude.

Sinta falta do amor que ficou atrás da porta fechada.

Sinto falta da amizade que me fazia chorar.

Da sinceridade que não me deixava dormir.

Do telefone que tocava insistentemente

Sinto falta da raiva, da tristeza, da solidão.

Eu era infeliz e não sabia.