terça-feira, março 20, 2012

Paredes mortas



Pintei as paredes da sala

De cor de vida irradiante

As paredes da sala pulsaram

Até me matar, aos poucos

Comprei tinta nova

De cor de sorrisos

Revivi, as cores pulsaram

Até me matar, aos poucos

Rasguei o papel de parede

Colei novas estampas

Cor de amor apaixonado

As estampas pulsaram

Até me matar, aos poucos

Morri de novo e morri

E morri outra vez

Até viver, aos muitos

Hoje não vejo cores formas

Não sinto texturas ranhuras

Vivo, aos poucos, aos muitos

Até morrer, de vida

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